Angico branco, vermelho e do cerrado: identificação prática e aplicações na saúde

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Angico branco, vermelho e do cerrado: identificação prática e aplicações na saúde

O angico é uma árvore imponente, presente em biomas como o Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga, destaca-se por sua casca rica em taninos, alcaloides e resinas que conferem ação anti-inflamatória, cicatrizante, adstringente, expectorante e até imunoprotetora.

Então, entenda melhor o valor terapêutico e cultural dessa planta tão valorizada tradicionalmente, um verdadeiro tesouro natural que une saúde, história e sustentabilidade.

O que é o angico e quais são suas espécies mais conhecidas? 

O angico é uma árvore pertencente ao gênero Anadenanthera, presente em diferentes biomas brasileiros. Sua casca, folhas e sementes são ricas em compostos bioativos, o que explica o uso medicinal na cultura popular. 

Conforme a região, ele recebe diferentes nomes e apresenta variações em sua composição química. Portanto, compreender as espécies mais comuns é fundamental para reconhecer suas propriedades, sendo elas:

  • Angico-branco, muito utilizado em chás e xaropes caseiros.
  • Angico-vermelho, conhecido por seu efeito cicatrizante e anti-inflamatório.
  • Angico-do-cerrado, resistente e valorizado por sua versatilidade.

Angico-branco (Anadenanthera colubrina) 

O angico-branco é amplamente encontrado na Caatinga e conhecido por sua eficácia em tratar problemas respiratórios. Suas cascas são usadas em infusões e xaropes que ajudam a combater tosse, bronquite e inflamações na garganta. É uma das espécies mais populares na medicina popular.

Angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa) 

O angico-vermelho tem destaque por sua ação cicatrizante mais intensa. Presente na Mata Atlântica e no Cerrado, é usado para tratar feridas superficiais e inflamações. Inclusive, sua casca rica em taninos faz dele uma opção eficiente para uso externo.

Angico-do-cerrado 

O angico-do-cerrado se adapta bem a solos secos e condições climáticas adversas. Isso porque, a rusticidade o torna importante para reflorestamento e preservação ambiental. 

Do ponto de vista medicinal, também apresenta propriedades anti-inflamatórias, ainda que menos exploradas do que as de outras variedades.

Um close-up de galhos e folhas da árvore angico (Anadenanthera colubrina), com suas flores brancas e frutos verdes.
O angico-branco é uma árvore da Caatinga cuja casca é usada popularmente no tratamento de problemas respiratórios como tosse e bronquite.

Como identificar o angico na natureza? 

Identificar o angico exige observar suas características físicas e o ambiente onde cresce. A árvore pode atingir até 20 metros de altura, apresentando copa ampla e tronco robusto. Suas folhas e flores possuem traços particulares que ajudam na diferenciação.

Além da aparência, o habitat é um indicativo importante. O angico está presente em diversos biomas, o que reflete sua resistência e adaptabilidade.

Características físicas da árvore 

O tronco do angico planta é coberto por casca espessa, de cor acinzentada avermelhada. A casca se solta em placas, facilitando a identificação. Suas folhas são compostas e pequenas, lembrando as do jacarandá.

As flores do angico são pequenas, brancas ou amareladas, reunidas em cachos alongados. O tronco apresenta fissuras e a casca, quando retirada, exala odor característico. Já as folhas são delicadas, compostas por diversos folíolos.

Localização geográfica e habitat 

O angico é encontrado em biomas como a flora do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Prefere solos bem drenados e é comum em áreas de reflorestamento. Sua resistência faz dele uma espécie adaptável a diferentes condições climáticas.

Quais são as principais propriedades medicinais do angico? 

As propriedades medicinais do angico derivam de seus compostos bioativos, como taninos, resinas e alcaloides. Em resumo, esses elementos conferem efeitos anti-inflamatórios, adstringentes, cicatrizantes e expectorantes.

Taninos, resinas e alcaloides 

Os taninos são responsáveis pela ação adstringente, enquanto as resinas contribuem para o efeito cicatrizante. Os alcaloides presentes participam das propriedades expectorantes, sendo úteis no tratamento de problemas respiratórios.

Ações anti-inflamatória, cicatrizante e adstringente 

A combinação de compostos faz do angico uma planta versátil. Ele atua na redução de inflamações, acelera a cicatrização de feridas superficiais e combate infecções leves. Também é eficaz na secagem de feridas e no controle de hemorragias pequenas.

Como o angico é utilizado na medicina popular? 

Na medicina popular, o angico é usado em diferentes formas, adaptando-se às necessidades do tratamento. A sabedoria popular orienta o uso moderado, já que seus compostos são potentes e podem causar efeitos adversos em excesso.

Preparos comuns: chás, xaropes, compressas 

O chá das cascas é usado contra tosse e bronquite, enquanto o xarope artesanal mistura mel e angico para aliviar inflamações da garganta. Compressas com casca fervida são aplicadas em feridas e inflamações da pele.

Áreas de aplicação: respiratória, pele, digestiva 

O angico é útil no sistema respiratório, no tratamento de problemas da pele e até em distúrbios digestivos leves. Sua versatilidade o torna presente em diferentes práticas de cura popular.

Quais são os benefícios comprovados do uso do angico? 

Os benefícios do angico foram observados tanto em práticas tradicionais quanto em estudos iniciais. Seu uso constante mostra eficácia em diferentes condições de saúde.

Os chás e xaropes de angico auxiliam no alívio da tosse persistente e no tratamento de bronquites. Afinal, sua ação expectorante facilita a eliminação de secreções e melhora a respiração.

Quando usado externamente, o angico ajuda na cicatrização de cortes e lesões superficiais. Sua ação adstringente reduz o sangramento e acelera o fechamento dos tecidos.

Além de seus efeitos visíveis, o angico possui antioxidantes que auxiliam na proteção do organismo. O uso controlado contribui para fortalecer o sistema imunológico.

Um galho de angico com folhas verdes e flores brancas, fotografado contra um céu azul claro, destacando a beleza da flora.
Árvore rústica do Cerrado, usada em reflorestamento e com potencial medicinal anti-inflamatório.

Quais cuidados e contraindicações devem ser observados? 

Embora útil, o angico deve ser utilizado com cautela, pois os compostos podem causar efeitos indesejados quando ingeridos em excesso ou usados por pessoas em situações específicas.

Riscos de intoxicação e efeitos alucinógenos

O consumo exagerado pode levar à intoxicação, uma vez que a planta possui alcaloides potentes. Há registros históricos de uso ritualístico do angico devido a possíveis efeitos alucinógenos de suas sementes.

Populações que devem evitar o uso (gestantes, crianças) 

Gestantes, lactantes e crianças devem evitar o uso do angico, pois seus organismos são mais sensíveis aos compostos ativos. Nestes casos, é indicado procurar alternativas mais seguras.

Como o angico contribui para a preservação ambiental e usos econômicos? 

O angico não é importante apenas para a medicina, mas também para a preservação ambiental e economia. Sua madeira e resinas têm múltiplas aplicações, e seu cultivo ajuda a restaurar áreas degradadas.

Madeira, reflorestamento e uso industrial 

A madeira do angico é resistente e usada em construções, móveis e artesanato. Além disso, a árvore é valorizada em projetos de reflorestamento, pois cresce rápido e ajuda na recuperação do solo.

O angico também tem papel cultural em comunidades tradicionais, que preservam seu uso medicinal. Assim, incentivar o manejo sustentável garante que seus benefícios permaneçam acessíveis para as futuras gerações.

O que mais saber sobre o angico?

Confira, então, as perguntas e respostas às dúvidas mais comuns sobre o uso dessa planta medicinal.

Qual a diferença entre angico-branco e angico-vermelho em termos medicinais?

A diferença entre angico-branco e angico-vermelho está nas propriedades e intensidade de seus compostos. O vermelho, mais comum em regiões de Cerrado e Mata Atlântica, é conhecido por sua ação anti-inflamatória e cicatrizante mais intensa. 

Já o angico-branco, bastante difundido na Caatinga, é tradicionalmente utilizado para problemas respiratórios, como tosse e bronquite, devido ao seu poder expectorante.

Como preparar um chá de angico corretamente para obter seus benefícios?

O preparo do chá de angico exige cuidado para manter suas propriedades sem causar efeitos indesejados. Normalmente, utiliza-se a casca seca: coloca-se uma colher de sopa em um litro de água e deixa-se ferver por cerca de dez minutos. 

Em seguida, a mistura deve ser abafada e coada antes do consumo. O chá é utilizado em doses moderadas, até três vezes ao dia, em casos de inflamações leves ou sintomas respiratórios.

É seguro usar angico para tratar problemas respiratórios em crianças?

O uso do angico em crianças não é recomendado sem orientação médica, pois os compostos da planta podem ser fortes para o organismo infantil.

Embora tenha fama de expectorante natural, a presença de alcaloides e taninos pode sobrecarregar o fígado e os rins em crianças pequenas. 

O angico pode ser utilizado como cicatrizante em feridas profundas ou apenas superficiais?

O angico é tradicionalmente aplicado em feridas superficiais, cortes menores, inflamações na pele e até irritações na gengiva, porque tem ação adstringente e cicatrizante. 

Em aplicações externas, a planta costuma ser usada em forma de cataplasma ou compressa, proporcionando secagem mais rápida e ajudando no processo de cicatrização de tecidos superficiais.

Como garantir que o uso de angico seja sustentável e não prejudique o meio ambiente?

O uso sustentável do angico depende de práticas conscientes na coleta e no consumo. Retirar a casca de forma excessiva ou predatória pode levar a árvore à morte, prejudicando o equilíbrio do ecossistema. 

Além disso, projetos de reflorestamento com espécies nativas de angico ajudam a preservar essa planta importante tanto para a medicina popular quanto para a biodiversidade local.

Resumo desse artigo sobre angico 

  • O angico é uma árvore nativa com diferentes espécies, como branco, vermelho e do cerrado.
  • Suas propriedades medicinais incluem ação anti-inflamatória, cicatrizante e expectorante.
  • É utilizado em chás, xaropes e compressas na medicina popular.
  • Deve ser usado com cautela devido ao risco de intoxicação e contraindicações.
  • Além da saúde, o angico é importante para preservação ambiental e usos econômicos.

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