Como observar a maior ave do Pantanal: o nambu?

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Como observar a maior ave do Pantanal: o nambu?

Observar o nambu, a maior ave do Pantanal, é uma experiência única para qualquer amante da natureza. Com seu porte imponente, comportamentos curiosos e hábitos fascinantes, ele desperta atenção de fotógrafos, pesquisadores e turistas. 

Neste guia completo, você vai descobrir tudo o que precisa saber, desde a identificação e distribuição dessa ave até as melhores técnicas e épocas para avistamento. 

O que é nambu?

O nambu é uma das aves do Pantanal corredora de grande porte, nativa do Pantanal, com corpo robusto e penas acinzentadas. 

Com quase 1,5 metro de altura, essa espécie chama atenção pelo porte imponente e pelo comportamento terrestre. Além disso, ela não voa, deslocando-se rapidamente por entre a vegetação alagada em busca de alimento. 

Por exemplo, pesquisadores documentam que o nambu corre a até 60 km/h em áreas abertas.

Para entender melhor suas características, veja:

  • peso e altura médias;
  • padrões de plumagem e coloração;
  • estrutura corporal adaptada à corrida;
  • comportamento social em pequenos grupos;
  • vocalizações e displays de corte.

Características físicas do nambu

O nambu possui plumagem cinza-prateada que confere camuflagem na vegetação baixa. Seus olhos são grandes e redondos, facilitando a percepção de predadores. 

Ademais, as asas reduzidas não sustentam voo, mas ajudam no equilíbrio. Com pernas longas e musculosas, essa ave pode ultrapassar 1,5 metro de altura e 30 kg de peso.

Inhambu-chororó ou Tinhambu de bico curto, ave de plumagem acinzentada com barriga clara, em pé em solo de floresta com folhagem seca e vegetação verde ao redor.
O nambu, a maior ave do Pantanal, atrai fotógrafos e turistas com seu porte imponente e comportamentos fascinantes.

Diferenças entre nambu e outras aves

Embora muitas pessoas confundam o nambu com a ema, o primeiro tem corpo mais compacto e movimentos mais pilares. 

Enquanto a ema prefere campos secos, o nambu é adaptado a áreas alagáveis do Pantanal. Portanto, distinguir ambas as espécies é fundamental para observadores e pesquisadores.

Onde encontrar a ave nambu no Pantanal?

Encontrar o nambu é mais fácil em áreas de transição entre planícies alagadas e campos secos, sobretudo na estação seca. 

Durante esse período, a vegetação baixa aumenta a visibilidade, tornando possível avistar grupos de até dez indivíduos. Frequentemente, fazendas privadas e reservas ecológicas oferecem roteiros especializados para observação.

Regiões do Pantanal com maior ocorrência

Na porção mato-grossense, o Parque Nacional do Pantanal Mato Grosso e a Estância Mimosa são hotspots para observação. 

Além disso, no Pantanal sul-mato-grossense, áreas como a Fazenda Baía das Pedras reúnem avistamentos frequentes. Essa distribuição geográfica reflete preferência por solos alagados e capinzais altos.

Fazendas e pousadas com roteiros de avistamento

Algumas fazendas, como a Estância Barranco Alto e a Pousada Rio Claro, oferecem passeios guiados ao amanhecer e entardecer. 

Nesses roteiros, guias experientes ajudam a localizar ninhos e pontos de alimentação. Ademais, a prática de turismo sustentável assegura mínima interferência no comportamento natural da ave.

Qual a alimentação e comportamento do nambu?

O nambu alimenta-se principalmente de sementes, frutos e pequenos invertebrados encontrados no solo alagado. 

Com bico forte, essa ave revirar a camada superficial da terra em busca de grãos de plantas aquáticas. Além disso, grupos familiares exibem comportamentos de cooperação, alertando uns aos outros sobre predadores.

Dieta típica do nambu

A base alimentar inclui frutos de aroeira, sementes de capim e insetos aquáticos. Durante a estação chuvosa, a disponibilidade de frutos aumenta, diversificando a dieta. 

Consequentemente, aves mais jovens aprendem padrões de forrageamento com os progenitores, garantindo sucesso reprodutivo.

Padrões de forrageamento

Em pequenos bandos, a ave avança de forma sincronizada, batendo com as pernas para expelir presas ocultas. 

Por exemplo, comportamentos de busca em fila são comuns, onde um indivíduo lidera o grupo. Essa estratégia reduz o risco de predação e otimiza a busca por alimento.

Qual a melhor época para observar o nambu?

É possível observá-lo durante o ano todo, mas a estação seca, de maio a outubro, é ideal, pois os níveis de água recuam e revelam planícies alagadas. 

Nesse período, a vegetação rasteira facilita o avistamento a longas distâncias. Ademais, nos meses de julho e agosto, o comportamento de exibição de corte atrai mais atenção dos observadores.

Estação seca vs. estação chuvosa

Durante a estação chuvosa, de novembro a abril, grandes áreas permanecem submersas, dificultando a visibilidade. 

Contudo, nessa época, o nambu concentra-se em ilhotas elevadas, revelando padrões de agrupamento menos frequentes. Portanto, selecionar datas na estação seca maximiza as chances de contato visual.

Horários de maior atividade

O amanhecer e o entardecer são os momentos mais produtivos para observação, pois as aves buscam alimento e realizam displays. 

Por exemplo, ao raiar do dia, é comum ouvir as vocalizações profundas antes mesmo de avistar o grupo. Assim, planejar saídas entre 5h e 9h aumenta significativamente a probabilidade de sucesso.

Inhambu-anhangá, ave de plumagem marrom com padrões pontilhados e cabeça escura, empoleirada em um galho de árvore em ambiente de floresta densa e escura.
No Pantanal de MT, o Parque Nacional e a Estância Mimosa são ideais para observar o nambu, assim como a Fazenda Baía das Pedras em MS.

Quais equipamentos usar para avistar o nambu?

Para observar o nambu com conforto e qualidade, recomendam-se binóculos 8 × 42 ou superior e câmera com lente teleobjetiva de 300 mm. 

Além disso, um tripé leve auxilia na estabilidade para fotografia. Adicionalmente, roupas em tons neutros e silenciosos minimizam o impacto sobre a ave.

Uso de binóculos e telescópios

Binóculos com boa ampliação permitem identificar detalhes de plumagem a até 200 metros. Já telescópios portáteis, fixados em tripé, ampliam a visualização de comportamento sem incomodar o nambu. 

Nesse contexto, optar por equipamentos compactos facilita deslocamentos em trilhas alagadas.

Dicas para fotografia de vida selvagem

Fotografar o nambu exige paciência e posicionamento estratégico, preferencialmente atrás de capinzais altos. Ajustes de ISO e obturador rápido ajudam a congelar movimentos bruscos, enquanto o modo contínuo capta sequências de ação. 

Para melhores resultados, mantenha distância superior a 50 metros para não alterar o comportamento natural.

Ajustes de câmera para luz e movimento

Configurar ISO entre 400 e 800, dependendo da luminosidade ambiente, equilibra ruído e nitidez. Além disso, usar obturador acima de 1/1000 s evita borrões em pássaros correndo. Em caso de luz forte, filtros ND podem reduzir excesso de exposição.

Quais boas práticas de observação do nambu?

Observar o nambu com responsabilidade exige manter distância segura e não perturbar seus hábitos. 

Para isso, evite barulhos altos e movimentos bruscos próximos ao bando. Além disso, não ofereça alimentos artificiais, pois podem alterar a dieta natural e causar dependência.

Manutenção de distância segura

Manter ao menos 30 metros de distância evita estresse e possível fuga das aves. Caso se aproxime, mova-se lentamente e faça pausas para que o bando reconheça sua presença. Desse modo, é possível observar sem alterar o comportamento natural.

Impacto sonoro e visual mínimo

Desligar câmeras com som alto e evitar conversas em voz alta preserva o silêncio necessário para observação. 

Ademais, roupas e mochilas em cores discretas contribuem para uma aproximação mais tranquila. Assim, você garante registros autênticos e respeito ao animal.

Quais as ameaças e como conservar o nambu?

Apesar de ainda não estar classificado como vulnerável, o nambu sofre com desmatamento, caça e fragmentação de habitat. 

A perda de áreas alagadas para pecuária intensiva reduz locais de forrageamento e reprodução. Felizmente, iniciativas de monitoramento e criação de corredores ecológicos buscam mitigar esses impactos.

Principais pressões ambientais

A expansão de fazendas e desmatamento para cultivo reduz o território natural do nambu. Além disso, a construção de estradas e barragens altera o fluxo de água, modificando planícies alagadas essenciais à espécie.

Projetos e iniciativas de proteção

Organizações como o Instituto Homem Pantaneiro realizam censos populacionais e ações de educação ambiental com comunidades locais. 

Paralelamente, fazendas certificadas pelo Selo Pantanal Sustentável implementam práticas de manejo que preservam áreas de forrageamento.

O que mais saber sobre o nambu?

A seguir, confira as principais dúvidas sobre o passarinho nambu.

Qual a diferença entre nambu e ema?

Apesar de ambas serem grandes aves sem voo, o nambu (Rhea americana) apresenta coloração mais pálida e comportamentos distintos de forrageamento em áreas alagadas, ao passo que a ema prefere campos secos.

Em que meses é mais fácil ver o nambu no Pantanal?

Os melhores meses são junho a setembro, na estação seca, quando a vegetação baixa e a visibilidade aumenta, facilitando o avistamento em áreas abertas.

Como atrair o nambu para observação?

Mantenha distância, evite ruídos e use iscas naturais como sementes e frutos em locais estratégicos para não perturbar o comportamento selvagem.

Quais equipamentos são essenciais para fotografar o nambu?

Leve binóculos com pelo menos 8×40, lente teleobjetiva (200 mm ou mais) e câmera com modo de disparo contínuo para capturar movimentos rápidos.

O nambu corre perigo de extinção?

Embora amplamente distribuído, ele sofre com perda de habitat e caça; iniciativas de monitoramento e reservas privadas têm ajudado na conservação da espécie.

Resumo desse artigo sobre nambu

Por fim, confira os principais tópicos do artigo.

  • características do nambu: ave terrestre, grande porte e plumagem acinzentada;
  • locais de observação: parques nacionais, fazendas privadas e áreas alagadas em transição;
  • época ideal: estação seca (maio a outubro), com melhor visibilidade e comportamento ativo;
  • equipamentos: binóculos 8×42, lente teleobjetiva e tripé leve para estabilidade;
  • boas práticas: manter distância, silêncio e apoiar iniciativas de conservação.

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