Relevo do Pantanal: formação, curiosidades e tipologias

Início » Tudo sobre Bonito MS » Relevo do Pantanal: formação, curiosidades e tipologias

Relevo do Pantanal: formação, curiosidades e tipologias

O relevo do Pantanal tem aparência suave, mas existe uma dinâmica complexa de sedimentação, erosão e microreliefos que moldam a paisagem e sustentam a biodiversidade local. 

Neste artigo, você vai conhecer as curiosidades mais fascinantes do relevo desse lugar: suas formas, origens geológicas, peculiaridades locais e como tudo isso influencia os padrões hidrológicos e os ecossistemas exclusivos desse bioma.

Como se caracteriza o relevo do Pantanal brasileiro? 

É uma imensa planície de inundação, uma das maiores do planeta, que se estende pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

Assim, seu terreno é formado por áreas planas e levemente onduladas, com altitudes médias entre 80 e 150 metros acima do nível do mar. Essa configuração permite o transbordamento dos rios durante o período de cheias, formando o espetáculo natural que marca o ciclo anual do bioma. 

O relevo é, portanto, o grande responsável pelo ritmo da vida pantaneira, influenciando desde o comportamento da fauna até a vegetação típica de cada setor.

As características físicas do terreno contribuem para a manutenção de um equilíbrio delicado entre água, solo e biodiversidade. 

Desse modo, diferente de outras regiões brasileiras, o Pantanal apresenta declividade muito baixa, o que faz com que a água escoe lentamente, favorecendo a formação de brejos e lagoas sazonais. 

É um ambiente dinâmico, em constante transformação, onde pequenas variações de altitude definem ecossistemas completamente diferentes.

Planície inundável e depressão relativa

O Pantanal é classificado como uma grande depressão relativa, pois está cercado por planaltos mais altos que direcionam suas águas para o interior da bacia. 

Dessa forma, durante as cheias, a planície fica parcialmente submersa, transformando-se em um mosaico de rios, baías e campos alagados. 

Essa característica é essencial para o equilíbrio ecológico, permitindo a renovação dos nutrientes do solo e a reprodução de inúmeras espécies aquáticas.

Altitudes médias e pouca variação topográfica 

O relevo pantaneiro é praticamente plano, com pequenas variações de altitude que raramente ultrapassam 5 metros entre uma área seca e uma inundável. 

Então, essa suavidade faz com que as águas se espalhem lentamente, permanecendo meses sobre o solo. Esse fenômeno cria paisagens de rara beleza, onde horizontes parecem infinitos e o reflexo das águas se confunde com o céu.

Vista aérea de um rio meandrante em uma planície verde, ilustrando o relevo do Pantanal e seus corpos d'água.
O relevo suave e de baixa declividade faz com que a água avance lentamente pela planície, prolongando as enchentes e formando bacias inundáveis.

Que unidades morfológicas compõem o relevo do Pantanal? 

O relevo pantaneiro é formado por um conjunto de unidades morfológicas distintas, mas interligadas, que desempenham papéis complementares no funcionamento hidrológico e ecológico da região. 

Assim, essas unidades definem os diferentes microambientes que caracterizam o bioma, desde áreas constantemente alagadas até elevações secas que servem de refúgio durante as cheias.

Planícies de inundação 

Cada planície de inundação representa a unidade predominante do Pantanal. Desse modo, elas são formadas por sedimentos depositados ao longo dos rios e variam de acordo com o nível de alagamento. 

Durante o período das chuvas, os rios extravasam, espalhando água e nutrientes sobre o terreno, o que mantém a fertilidade do solo e sustenta uma vegetação exuberante.

Diques marginais e leques aluviais 

Os diques marginais são pequenas elevações formadas pela deposição de sedimentos nas margens dos rios durante as enchentes. 

No entanto, os leques aluviais resultam do acúmulo de materiais trazidos pelos cursos d’água que descem das serras circundantes. Essas formações funcionam como barreiras naturais e moldam o fluxo das águas na planície.

Bacias de inundação e depressões rasas

Entre os diques e as cordilheiras, formam-se depressões rasas conhecidas como bacias de inundação. Essas áreas permanecem alagadas por longos períodos e servem de habitat para peixes, aves aquáticas e mamíferos adaptados à variação sazonal da água.

Cordilheiras e paleodiques 

As cordilheiras do Pantanal são pequenas elevações que se mantêm secas mesmo durante as cheias. Então, elas representam antigos depósitos de sedimentos fluviais e servem de abrigo para animais terrestres. 

Os paleodiques, por sua vez, são vestígios de antigos canais fluviais abandonados, que hoje formam linhas de drenagem secundária.

Murundus e microrelevos regionais 

Os murundus são pequenas colinas arredondadas, geralmente com poucos metros de altura, que se destacam na planície alagável. 

Dessa forma, são formados pela ação combinada de processos biológicos, deposição de sedimentos e movimentação das águas. Além de servirem como refúgio para espécies terrestres, os murundus contribuem para a diversidade do microrelevo pantaneiro.

Vista aérea da planície de inundação do Pantanal ao pôr do sol, mostrando um mosaico de lagoas e canais de água no relevo plano.
O relevo do Pantanal formou-se pela contínua deposição sedimentar em uma bacia de subsidência ao longo do tempo.

Como o relevo do Pantanal afeta os ecossistemas?

A diversidade do relevo do Pantanal é determinante para a variedade de ecossistemas da região. Assim, mesmo pequenas diferenças de altitude resultam em ambientes totalmente distintos, desde campos alagados até matas densas e cordilheiras secas.

Distribuição da vegetação segundo elevação 

As partes mais baixas concentram vegetação aquática e gramíneas resistentes à inundação. 

No entanto, as áreas mais altas, como cordilheiras e capões, abrigam árvores e arbustos típicos do Cerrado. Essa variação cria mosaicos de vegetação que sustentam grande biodiversidade.

Adaptações da fauna aos microrelevos 

Os animais pantaneiros desenvolveram comportamentos específicos para sobreviver às oscilações do relevo e das águas. Jacarés, capivaras e aves aquáticas aproveitam as planícies alagadas, enquanto onças, tamanduás e veados preferem as áreas mais altas e secas.

Viva uma experiência inesquecível! Na Bonito e Pantanal, você encontra os melhores passeios, pacotes e roteiros personalizados para explorar a natureza, mergulhar em águas cristalinas e se conectar com o ecoturismo.

O que mais saber sobre o relevo do Pantanal?

Veja outras dúvidas sobre o tema.

1. Qual é a altitude média do relevo do Pantanal e suas variações?

A altitude média do Pantanal situa-se entre 80 e 120 metros acima do nível do mar, com regiões que raramente ultrapassam os 150 metros. 

Em contraste, as terras altas ao redor, como planaltos circundantes, chegam a cerca de 700 metros de altitude, fornecendo sedimentos e águas para a planície pantaneira.

2. Quais são as principais formas de relevo presentes na planície do Pantanal?

Na planície pantaneira predominam planícies de inundação — regiões alagáveis formadas por depósitos aluviais ao longo dos rios. Também são comuns diques marginais e leques aluviais construídos pelo extravasamento dos rios.

3. Como se formou geologicamente o relevo do Pantanal?

Ele resulta de um processo contínuo de deposição sedimentar em uma bacia de subsidência. 

Ao longo do tempo, sedimentos provenientes das bordas e planaltos adjacentes se transportaram e se depositaram nessa depressão, criando camadas profundas que chegam a centenas de metros.

4. Qual o papel do relevo nas inundações características do Pantanal?

O relevo extremamente suave e de baixa declividade faz com que a água avançe lentamente pela planície, prolongando o período de enchentes. As margens dos rios formam diques marginais que modulam quando e onde as águas extravasam, gerando bacias inundáveis ao redor dos canais.

5. Quais curiosidades fazem o relevo do Pantanal especial?

Pequenas elevações conhecidas como murundus, de até poucos metros de altura e poucos metros de diâmetro, surgem na planície inundável e oferecem refúgios secos para fauna e vegetação. 

Resumo desse artigo sobre relevo do Pantanal 

  1. O relevo do Pantanal se forma por uma vasta planície de inundação com pouca variação de altitude;
  2. Sua origem está ligada a processos de sedimentação e subsidência tectônica ao longo de milhões de anos;
  3. As unidades de relevo incluem planícies alagáveis, cordilheiras, murundus e diques marginais;
  4. A baixa declividade do terreno é o que garante o ritmo das cheias e o equilíbrio ecológico;
  5. A diversidade do relevo é essencial para a riqueza de ecossistemas e espécies da região.

O que achou dessa dica? Deixe sua avaliação abaixo:

Quais passeios gostaria de conhecer em Bonito?

Enviaremos um e-mail ou mensagem no WhatsApp com as melhores opções e preços!

Confira outras dicas relacionadas à Bonito e Pantanal em MS:

Monte um pacote personalizado com suas melhores escolhas

O QUE PRECISO SABER ANTES DE IR?

Quer receber um DESCRITIVO com FOTOS e PREÇOS?

Descubra os Melhores Passeios em Bonito e Pantanal

Agência Bonito e Pantanal